A Gol queimou a largada e abriu a venda de passagens para o arquipélago de Fernando de Noronha na última sexta (15). A companhia foi notificada pela Anac porque não tem autorização de voo pelo governo de Pernambuco, embora ele discuta neste momento a retomada dos voos a jato no arquipélago.
O início da operação da Gol seria em 1 de abril a partir do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo pessoas que acompanham as discussões, a ideia é atrair passageiros estrangeiros que chegam ao Brasil por São Paulo com voos diretos até Noronha.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco e a Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco), está prevista uma reunião na próxima quarta (19) com as companhias para discutir “todos os aspectos envolvidos, incluindo a venda de bilhetes”.
“Após o encontro, o governo fará os ajustes necessários para as autorizações e para garantir o desenvolvimento sustentável da ilha”, disse a secretaria em nota.
A mudança ocorre porque foram concluídas as obras de pavimentação do eixo central da pista do aeroporto de Noronha. No entanto, ainda há discussões entre as autoridades locais, a concessionária do aeroporto e o ICMBio para definir qual será a malha aérea que atenderá a ilha.
A Anac informa que, após diversas visitas técnicas, verificou-se que o aeroporto de Noronha pode retomar a operação comercial com jatos a partir de abril, desde que as obras de revitalização estivessem concluídas e homologadas pela agência.
“Não há impeditivo regulatório às empresas aéreas que comercializem bilhetes aéreos para voos de e para Fernando de Noronha a partir de abril, respeitando as condições de infraestrutura dos aeroportos envolvidos e realizados os respectivos registros no sistema Siros da Anac”, disse a agência em nota.
A Gol não opera seu voo Recife-Noronha desde 2022, quando houve a restrição a aeronaves de grande porte pela Anac.
Atualmente, operam voos em Fernando de Noronha somente as empresas aéreas Azul e Voepass.
Consultada, a Gol não se manifestou até esta publicação.
Contudo, segundo técnicos da Anac, a agência tinha dado autorização para a venda dos bilhetes, mas o início dos voos ainda dependia de liberação pelas autoridades locais, o que não ocorreu.
Com Stéfanie Rigamonti
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