Fabricantes nacionais de produtos íntimos –para higiene e prazer– movimentaram no ano passado R$ 2 bilhões, um mercado que cresce 18% ao ano desde 2020 e que busca espaço no Brasil diante de uma concorrência brutal com a China.
São empresas na área de aromas, perfumes, cosméticos, sex toys, entre outros artigos, concentradas em São Paulo e Rio de Janeiro, mas também presentes em Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Goiás e até em Roraima.
Essa indústria promove, em março, a Íntimi Expo, no Anhembi, em São Paulo. Além de R$ 200 milhões em negócios durante três dias de feira, haverá debates e palestras para discutir o mercado.
Há, no momento, uma disputa em relação a dildos e vibradores, por exemplo. Embora haja regulação da Anvisa, os marketplaces internam esses produtos (sem motor ou com, respectivamente) vindos da China –maior produtor mundial.
Nessa guerra, os chineses, que já ultrapassaram os EUA nesse segmento, não querem competidores e o Brasil possui fabricantes interessados em ganhar escala dentro do próprio país.
Segundo Susi Guedes, organizadora do evento, o Brasil é forte em cosméticos sensuais, principalmente em gel, explorando a variedade de sabores –chiclete e café, por exemplo– e oferecendo até misturas, como a de morango com champagne.
Segundo a executiva, algumas empresas chegam a ter mais de 50 sabores, todos com certificação da Anvisa.
Essa é uma vantagem competitiva que garante aos fabricantes nacionais espaço nas exportações já que, em outros países, a gama de sabores nesses produtos é bastante limitada. Segundo Guedes, no exterior, só se encontra menta, chocolate ou os mais tradicionais.
No campo dos óleos e cremes para corpo –e até cabelos– o Brasil inova com produtos que aumentam sensibilidade e libido, alguns feitos a partir do jambu, que causa sensação de formigamento.
Segundo os organizadores da feira, também chama atenção a qualidade de produtos em gel e os sex toys que simulam a sensação de realidade. Isso sem falar no básico: fantasias para fetiches.
No entanto, ainda falta apoio governamental para que essa indústria se firme com produtos “made in Brazil”. Por isso, o Sebrae deve participar da feira, oferecendo orientação aos empreendedores.
Com Stéfanie Rigamonti
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